México faz grande operação para achar autores de massacre; EUA oferecem ajuda
RIO - Soldados fortemente armados em caminhões, helicópteros e até tanques fazem nesta quinta-feira uma grande busca no estado mexicano de Tamaulipas, na fronteira com o Texas, à procura dos responsáveis pelo massacre de 72 pessoas, o maior do conflito derivado do narcotráfico no país e que teve ao menos quatro brasileiros entre os mortos.
(Saiba mais em gráfico sobre a chacina)
Através do Departamento de Estado, os Estados Unidos ofereceram ajuda nas investigações do massacre. O Itamaraty informou que o vice-cônsul João Batista Zaidan e o cônsul-geral Márcio Araujo Lage viajaram para a região de San Fernando, o local da chacina. Eles já estão na cidade de Reynosa, onde o governo mexicano montou uma base de operações.
Ainda não se sabe a identidade dos brasileiros. As vítimas, que se acredita serem imigrantes da América Central e da América do Sul, parecem ter sido amarradas com os olhos vendados antes de serem enfileiradas em uma parede e mortas a tiros.
(Veja o vídeo do rancho onde os corpos foram achados)
Fotografias mostram os corpos sujos de sangue amontoados no chão de um rancho em Tamaulipas, que se tornou palco dos mais graves episódios da violência relacionada às drogas no México, enquanto o cartel do Golfo e o grupo rival, os Zetas, disputam rotas de tráfico.
Os investigadores ainda examinam a cena e, para facilitar as investigações, evitaram remover os corpos do local, a 160 quilômetros do Texas.
O presidente Felipe Calderón prometeu avançar com a repressão e advertiu que é provável que ocorram mais episódios de violência no México.
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