quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EZEQUIEL 38, 39?

Pressões externas e internas põem Netanyahu em situação cada vez mais difícil em Israel

Publicada em 06/09/2011 às 22h24m


TEL AVIV - O anúncio de Ancara de que haveria um corte total no relacionamento econômico entre Turquia e Israel teve efeito imediato na Bolsa de Valores de Tel Aviv, de terça-feira. O Índice Maof caiu 2,8%, mesmo que, horas depois, o governo turco tenha voltado atrás e anunciado apenas a suspensão da compra e venda de equipamentos militares. O vaivém não ajudou a aliviar as perdas econômicas de Israel devido à decisão de sexta-feira do premier Recep Tayyip Erdogan de expulsar o embaixador israelense do país e reduzir a relação com Israel ao nível mínimo. Desde domingo, a bolsa de Tel Aviv caiu 9%.


A verdade é que o premier Benjamin Netanyahu está entre a cruz e a espada - ou, para usar uma expressão da dramaturgia judaica, se equilibra como um violinista no telhado. A referência à obra do escritor Scholem Aleichem - que conta a história de um judeu ortodoxo dividido entre tradição e modernidade - cabe como uma luva na encruzilhada enfrentada pelo premier, que balança entre agudas pressões externas e internas. A deterioração no relacionamento com a Turquia, aliada à iminência do reconhecimento da Palestina pela ONU e à incerteza quanto ao futuro da Primavera Árabe, compete com o histórico movimento popular pela queda no custo de vida, que levou 450 mil israelenses às ruas das principais cidades do país no sábado à noite.

O protesto contou com mais de 250 mil pessoas só em Tel Aviv - uma cidade de 600 mil habitantes - para reclamar dos preços dos aluguéis, dos imóveis, da educação, do combustível, dos alimentos e de tudo mais que faz com que a classe média nacional sobreviva em constante negativo bancário. Os indignados exigem que Netanyahu desvie recursos usados em segurança para serviços públicos, o que alguns partidos da coalizão direitista do premier - como o Israel Nossa Casa, do chanceler Avigdor Lieberman - tendem a rejeitar. Outras legendas que apoiam Netanyahu, no entanto, como o partido religioso Shas (historicamente voltado para questões socioeconômicas), prometem deixar o governo caso o premier não atenda às demandas do movimento social.

"A crise no relacionamento com a Turquia é uma luz vermelha em relação aos ataques que estão por vir nas frentes diplomática, de segurança e econômica. Vai afetar as vidas dos 450 mil manifestantes que demandam justiça social", escreveu o analista israelense Akiva Eldar, do jornal "Haaretz". "De que orçamento os manifestantes sociais propõem financiar os prejuízos causados pela tsunami diplomática?", pergunta.

General adverte para risco de guerra

Aparentemente congelado diante de tantos desafios, Netanyahu tem sido criticado até mesmo por seu maior aliado: Washington. Segundo artigo publicado na terça-feira pelo colunista Jeffrey Goldberg, da agência Bloomberg, o ex-secretário da Defesa americano Robert Gates, que acaba de deixar o cargo, chamou o premier de ingrato ao não retribuir os esforços dos EUA em defender o Estado judeu do isolamento mundial. Segundo Goldberg, em encontro recente do Conselho de Segurança Nacional, Gates listou tudo que os americanos fizeram por Netanyahu - acesso a armas de alta qualidade, assistência no desenvolvimento do escudo antimíssil Domo de Ferro, colaboração das agências de inteligência. O retorno, no entanto, foi nulo, principalmente na falta de avançou nas negociações de paz com os palestinos - ponto-chave, segundo os americanos, para a manutenção da paz regional.

O ressentimento pode levar Washington a fazer vista grossa ao reconhecimento da Palestina na ONU, em votação que deve acontecer até o fim do mês. O temor, em Israel, é de que, além das consequências políticas da medida, haja uma explosão de violência na região, com ataques mútuos entre palestinos e israelenses na Cisjordânia, aumento nos lançamentos de mísseis contra Israel por extremistas de Gaza, e tentativas de cruzamento da fronteira por ativistas egípcios, sírios, libaneses e até jordanianos. A convulsão também pode levar o governo Netanyahu a tremer nas bases.

O relacionamento precário entre Israel e o Egito nascido da Primavera Árabe - que derrubou o ditador Hosni Mubarak, entre outros líderes regionais - engorda a lista de preocupações externas. Sem Mubarak, maior defensor do Acordo de Camp David, que estabeleceu a paz entre os dois países em 1978, existe a possibilidade de a chamada "paz fria" que caracterizou o relacionamento bilateral nos últimos 33 anos transformar-se numa "guerra quente". "A democratização vai obrigar qualquer Parlamento e governo eleitos a adotarem políticas e posições consistentes com a opinião pública egípcia", explicou Ghassan Khatib, diretor do Centro de Mídia Palestino em artigo no site Bitterlemons. "O acordo de paz assinado em 1978 nunca foi popular no Egito".

O quadro externo toma contornos ainda mais preocupantes com os protestos na Síria, que ameaçam o governo de Bashar al-Assad, outro ditador por um fio que mantém uma paz de fato com Israel. Por tudo isso, o general israelense Eyal Eisenberg afirmou que a Primavera Árabe pode se transformar num "Inverno do islamismo radical", com potencial cada vez maior de deslanchar uma guerra regional que conte até mesmo com armas de destruição em massa.


COMENTÁRIO:


Estaria próximo o profetizado no livro de Ezequiel 38. 39? temos de ficar atentos aos acontecimentos no Oriente Médio, pois como sabemos um grande acontecimento ocorrerá naquela região.

Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal; E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada; Persas, etíopes, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo. Ezequiel 38, 2 a 6


Tu, pois, ó filho do homem, profetiza ainda contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. E te farei voltar, mas deixarei uma sexta parte de ti, e far-te-ei subir do extremo norte, e te trarei aos montes de Israel. E, com um golpe, tirarei o teu arco da tua mão esquerda, e farei cair as tuas flechas da tua mão direita. Nos montes de Israel cairás, tu e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; e às aves de rapina, de toda espécie, e aos animais do campo, te darei por comida. Sobre a face do campo cairás, porque eu o falei, diz o Senhor DEUS. E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o SENHOR. Ezequiel 39, 1 a 6

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