EUA aproximam navios e aviões da Líbia; Hillary afirma que não há ação militar iminente planejada
WASHINGTON - Em meio à crescente pressão sobre o regime do ditador líbio Muamar Kadafi, os Estados Unidos estão reposicionando forças aérea e naval, segundo informou nesta segunda-feira o coronel David Lapan, porta-voz do Departamento de Defesa. Ao mesmo tempo, Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, afirmou que o "exílio é uma opção" para o ditador. No sábado, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que é hora de Kadafi partir.
" Nós estamos aproximando navios da Líbia em caso de necessidade "
- Nós estamos aproximando navios da Líbia em caso de necessidade - afirmou o coronel David Lapan, um porta-voz do Pentágono. - Nós temos planejadores trabalhando e vários planos de contingência e eu acho que é seguro dizer que, como parte disso, estamos reposicionando forças para estarmos aptos a atender essa flexibilidade uma vez que decisões tenham sido tomadas - declarou Lapan.
Não estava imediatamente claro quais navios a Marinha americana têm no mar Mediterrâneo, mas o país possui dois porta-aviões estacionados mais a leste. A Sexta Frota dos Estados Unidos tem sua base perto de Nápoles, na Itália, no Mediterrâneo, em frente à Líbia.
Apesar da movimentação, Hillary Clinton afirmou nesta segunda-feira que os EUA não estão planejando nenhuma ação militar iminente em resposta à crise na Líbia:
" Nós acreditamos que haverá a necessidade de suporte para intervenção humanitária. Haverá também provavelmente a necessidade de missões de resgate "
- Não há nenhuma ação militar iminente envolvendo navios dos EUA - disse ela em uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça. - Nós acreditamos que haverá a necessidade de suporte para intervenção humanitária. Haverá também provavelmente a necessidade de missões de resgate, infelizmente - acrescentou Hillary.
Segundo ela, os EUA estão enviando equipes de auxílio para as fronteiras da Líbia com o Egito e a Argélia. As equipes vão ajudar refugiados que tentam escapar de uma potencial guerra civil. A secretária afirmou que os EUA vão destinar US$ 10 milhões para ajudar os refugiados.
Em outra frente de batalha contra o regime da Líbia, Hillary Clinton reforçou a posição de Obama que Kadafi deve deixar o poder "agora" . Ela também pediu união à comunidade internacional na resposta à repressão a protestos no país do norte da África.
Na abertura do encontro, a alta comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillay, adotou tom semelhante, pedindo apoio às revoltas populares na região para que reformas sejam realizadas.
Já a União Europeia deu mais um passo para colocar em vigor sanções contra Kadafi e seu país, que nesta segunda foram formalmente aprovadas . O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse, por sua vez, no Parlamento que "de maneira nenhuma descartamos o uso de recursos militares".
Na Líbia, novos protestos foram registrados na capital, Trípoli , onde o ditador está entrincheirado após perder o controle de diversas cidades no leste e parte do oeste líbio. Segundo testemunhas, forças leais a Kadafi disparam para o alto em meio aos manifestantes, mas não há informações sobre mortos ou feridos.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/02/28/eua-aproximam-navios-avioes-da-libia-hillary-afirma-que-nao-ha-acao-militar-iminente-planejada-923894248.asp
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